Amor

Para alguns bem próximo, para outros um pouco ou muito distante, talvez perdido, esquecido ou nunca vivido.  

Que relação diária estabeleço através destas quatro letras, A M O R ?

Reconhecer ou permitir que o mesmo atravesse pequenos momentos do dia, ou melhor, todos momentos do dia, sem muita teoria, mas sim a prática, a escolha de encontrar em mim a beleza e a vibração conectada ao belo, independente da situação que se imponha na travessia, emitir ondas de amor, seja por onde for.

O amor convoca a ação, a escolha de se despir das crenças, julgamentos e qualquer outra coisa que não seja pura e simples sensação e emanação do invisível, porém percebido, quando emitido em sua mais alta e pura frequência.

Escrever ou falar sobre amor é convocar a todo momento essa reconexão com o que temos de mais belo em nós, e por vezes não percebemos, pois a distração com o som dos caminhões se faz mais presente do que o beija-flor.

Se não ouvirmos o som dos passos das formigas que cruzam por nós todos os dias, olha o quão distraídos estamos, ouvindo e sentindo apenas rumores de algumas dores, que nos tocam, nos assolam e nos provocam ao despertar e perceber que podemos sim, mudar o rumo de nossos passos, escolhendo uma nova estrada, que não nos isentará dos espinhos, mas o perfume das flores sempre irá se sobressair e nos fazer sentir, que quando nos permitirmos a doses frequentes de alguma dita utopia, chega e banha quem precisa.